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sexta-feira, dezembro 12, 2014

Para não viver um grande amor (Futebol)

Por ROBERTO VIEIRA
O futebol é assim como a mulher amada.
Mulher amada que se ama de longe.
Mulher envolta em desejo e mistério.
Uma mulher de olhares embriagadores e definitivos.
Paixão a qual nos entregamos de corpo, alma e imaginação.
Paixão que prossegue eterna, exceto ao tentarmos cortejar a nossa mulher amada.
O futebol é assim.
Um espetáculo grandioso e belo na distancia da arquibancada.
Espetáculo que hipnotiza nosso olhar de criança.
Palco cinematográfico de heróis e vilões, semideuses e mitologias.
Pode ser num reles campo de pelada, no recreio da escola ou num campinho chinfrim de interior.
O futebol nos domina os desejos e se perpetua.
Porém, existe sempre o perigo de querer viver um grande amor.
O risco de sepultar Casablanca e ficarmos com Ilsa.
Quem sabe dando um tiro no tal Victor Lazlo?
Então, chegamos bem perto da mulher amada.
Entregamos flores e buscamos um beijo.
Descoberta terrível!
A mulher amada é apenas anseio de nossa solidão humana.
Quando a tocamos e beijamos, desaparece o mistério da fé.
Seu sorriso de esfinge é mais falso que as esfinges do cinema.
Seu olhar é diabólico.
Seu beijo é de olhos bem abertos.
A mulher amada e o futebol são tudo…
Menos romance e final feliz.
Conselho então, meu camaradinha?
Deixe o futebol e a tal mulher amada da infância na distancia.
Ame de longe.
Mande beijos, cartões de aniversário e flores.
Mas não procure conhecer as noites e subterrâneos da sua paixão.
Você pode perder todas as suas ilusões…
Nota: Extraído da Coluna do Juca Kfouri


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